Tratamentos
Psoríase
Psoríase é uma doença inflamatória, genética, não contagiosa, e cíclica, ou seja, apresenta sintomas que desaparecem e reaparecem periodicamente, e que afeta aproximadamente 1,5% da população brasileira. É caracterizada por placas eritemato-descamativas, com escamas prateadas, principalmente em áreas que estão sujeitas a traumas, como cotovelos e joelhos, mas pode afetar o corpo todo e apresentar vários tipos de lesões, até bolhosas. Sua causa não é totalmente conhecida, mas grandes avanços estão sendo fitos nesse intuito, mas se sabe que pode estar relacionada ao sistema imunológico, às interações com o meio ambiente e à suscetibilidade genética. Os fatores de piora mais comuns da psoríase são: Tabagismo, excesso de ingesta de alcool, algumas medicações, frio, obesidade e infecções bacterianas. Acredita-se que ela se desenvolve quando os linfócitos T (células responsáveis pela defesa do organismo) liberam substâncias inflamatórias e formadoras de vasos. Iniciam-se, então, respostas imunológicas que incluem dilatação dos vasos sanguíneos da pele e infiltração da pele com células de defesa chamadas neutrófilos, como as células da pele estão sendo atacadas, sua produção também aumenta, levando a uma rapidez do seu ciclo evolutivo, com consequente grande produção de escamas devido à imaturidade das células. Esse ciclo faz com que ambas as células mortas não consigam ser eliminadas eficientemente, formando manchas espessas e escamosas na pele. Normalmente, essa cadeia só é quebrada com tratamento. É frequente a associação de psoríase e artrite psoriática, doenças cardio-metabólicas, doenças gastrointestinais, diversos tipos de cânceres, principalmente linfoma e distúrbios do humor. A patogênese das comorbidades em pacientes com psoríase permanece pouco conhecida. Entretanto, há hipóteses de que vias inflamatórias comuns, mediadores celulares e susceptibilidade genética estão implicados.
Vitiligo
Vitiligo é uma doença genética, não contagiosa, de origem autoimune, ou seja, o sistema de defesa não reconhece os melanócitos (células que produzem a melanina que dá cor a pele) e os ataca matando-os, e assim a pele perde as defesas que a melanina oferece contra os raios solares. É caracterizada pelo aparecimento de manchas branco-pálidas na pele e mucosas, podendo afetar pequenas áreas ou até toda a pele e cabelos. Existem dois tipos de vitiligo: o não-segmentar, mais comum, formado pelos subtipos, focal, acrofacial, comum e universal e o tipo segmentar. O vitiligo segmentar é possivelmente causado por um ataque autoimune contra células de mosaico (anormais), diferindo do grupo não-segmentar pelo surgimento mais precoce, estabilidade das lesões e pouca associação com outras doenças autoimunes, como alopecia areata, halo-nevus e doenças da tireóide. Aproximadamente 15% dos pacientes com vitiligo não-segmentar podem apresentar alguma doença da tireóide, principalmente as tireoidites autoimunes. O principal tratamento para o vitiligo é a fototerapia, principalmente a Fototerapia com UVB de Banda estreita e depois a fototerapia com UVA. Em casos que esteja ocorrendo despigmentação muito rápida e extensa pode ser utilizado corticóides orais em minipulso, em lesões menores usa-se corticóides tópicos e imunomoduladores como o tacrolimus pomada.
Dermatite Atópica
Dermatite atópica (DA) é uma enfermidade inflamatória da pele que comumente segue um curso crônico, associado com períodos de remissão e recidivas. Surgem como lesões descamativas, escoriadas, pruriginosas, principalmente em flexuras (dobras) e face, mas pode afetar toda a pele do corpo, é bastante associada também a infecções de pele bacterianas e virais. A DA esta frequentemente associada com outras doenças alérgicas como asma, rinite alérgica e alergias alimentares. É uma doença que impacta negativamente muito a qualidade de vida e a coceira intensa afeta principalmente o sono. O tratamento é feito com o diagnostico e afastamento das causas desencadeantes como pó, ácaros e pelos de animais, uso de emolientes (hidratantes), cuidados com o banho e ressecamento da pele, uso de corticóides tópicos e imunomodulares como tacrolimus, fototerapia, metotrexate, ciclosporina e com o novo e primeiro imunobiológico para a DA chamado dupilumab.
Micose Fungóide
A micose fungóide, ao contrário que possa aparecer, não é uma micose, é um linfoma de células T que se apresenta como placas avermelhadas, descamativas, que coçam, podendo se confundir com alergias ou irritações da pele, parecendo um eczema ou psoríase . Podem afetar qualquer parte do corpo, mas frequentemente acometem áreas não expostas ao sol, principalmente os glúteos e as mamas (áreas duplamente cobertas pelas roupas). Eventualmente, formam-se tumores e eritrodermia (vermelhidão e descamação generalizadas em mais de 90% da superfície da pele). Nos casos avançados, pode ocorrer aumento dos gânglios, acometimento do sangue e de órgãos internos. Leões pequenas podem ser tratadas com corticóides tópicos ou fototerapia localizada, em casos mais extensos, usa-se cabines de fototerapia com UVA ou UVB. Eventualmente, radioterapia e medicamentos sistêmicos podem ser requeridos. Raramente é feito tratamento com quimioterapia ou transplante de medula óssea.
Tratamentos
Fototerapia
Fototerapia é um tratamento com radiação ultravioleta A ou B (banda larga ou banda estreita), que é utilizado para mais de uma dezena de enfermidades da pele como: vitiligo, psoríase, micose fungóide, parapsoríase, dermatite atópica, líquen plano, ptiriase liquenoide, pitiríase rósea, hipomelanose macular progressiva, entre outras. A fototerapia age em doenças inflamatórias, como a psoríase, através de ação antinflamatória contra mediadores de inflamação e contra células que produzem substancias inflamatórias e em doenças autoimunes, como vitiligo, age também contra esses mediadores e células que produzem inflamação e destruição dos melanócitos, além disso, no vitiligo estimula os melanócitos normais dos bordos das lesões para migrarem para á área afetada e repigmentar a pele, e também estimula as células tronco dos melanócitos que se encontram no pelo a migrarem para a pele lesada e a repovoar de melanócitos.